Brasileiro trabalha mais para pagar cesta básica
Em Curitiba, o tomate é o grande vilão, com alta de 104,28% em janeiro de 2018
Em janeiro, o custo do conjunto de alimentos essenciais aumentou nas 20 capitais em que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas ocorreram em João Pessoa (11,91%), Brasília (9,67%), Natal (8,85%), Vitória (8,45%) e Recife (7,32%). As menores taxas positivas foram anotadas nas cidades de Goiânia (0,42%) e Manaus (2,59%). Em Curitiba, a cesta básica está em R$ 399,72, após uma alta 6,61% em janeiro de 2018.
Em janeiro de 2018, com o reajuste de apenas 1,81% no salário mínimo, o menor em 24 anos, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 89 horas e 29 minutos. Em dezembro de 2017, quando o salário mínimo era de R$ 937,00, a jornada necessária foi calculada em 86 horas e 04 minutos. Em janeiro de 2017, o tempo era de 91 horas e 48 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em janeiro, 44,21% para adquirir os mesmos produtos que, em dezembro de 2017, ainda com o valor antigo do salário mínimo, demandavam 42,52% e em janeiro do mesmo ano, 45,36%.
Tomate vilão
Entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, houve predominância de alta no preço do tomate, banana e batata, coletada no Centro-Sul.
Em janeiro, o preço do tomate aumentou em todas as cidades. As variações oscilaram entre 6,94%, em Goiânia e 94,03%, em João Pessoa. Em 12 meses, todas as cidades mostraram alta, que variou entre 8,63%, em Belém e 104,28%, em Curitiba.